Fevereiro Laranja: campanha conscientiza sobre a leucemia e incentiva ampliação de doadores de medula

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Em fevereiro, a cor laranja ganha destaque para conscientizar a sociedade em relação ao tipo de câncer que afeta o sangue mais conhecido: a leucemia. E além de fortalecer a divulgação de informações sobre a doença, a campanha Fevereiro Laranja tem outro relevante foco, a conscientização sobre a importância de ser doador de medula óssea. Afinal, em vários casos de leucemia e mais de 80 enfermidades, o procedimento de transplante de medula pode beneficiar o tratamento da doença e até mesmo ser a única chance de cura. Porém, para realizar o processo, é necessário encontrar um doador compatível, e, para isso, a probabilidade pode ser menor do que a de ganhar na loteria.

A leucemia é caracterizada pela quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada devido à proliferação descontrolada de células, o que pode predispor o organismo a infecções, anemia, hemorragias e outros sintomas. E o transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula doente ou falha por células normais, visando fazer a reconstituição saudável do processo. O procedimento é uma forma de favorecer o tratamento da leucemia, mas também de outras doenças hematológicas, imunológicas, autoimunes, genéticas hereditárias e onco-hematológicas. O maior desafio para a realização do transplante, que muitas vezes é a única chance de cura para o paciente, está na busca do doador compatível, como destaca o hematologista do Hospital do Câncer em Uberlândia, dr. Lucas Oliveira. “O processo do transplante inicia na análise de amostras de sangue do receptor e do doador, buscando a melhor compatibilidade possível para evitar processos de rejeição da medula pelo paciente e outras complicações. E é aqui que está o maior desafio do processo, pois, se não houver um doador compatível na família, onde a chance de encontrar alguém 100% compatível é de 25% entre irmãos, a chance de encontrar uma pessoa compatível entre pessoas não aparentadas cai drasticamente para 1 em cada 100 mil”, esclarece o especialista. 

Estatisticamente seria mais fácil ganhar na Loteria Federal, em que se acerta uma aposta a cada 83 mil tentativas, do que encontrar alguém que a compatibilidade é de 100%. Diante deste cenário, tornar-se doador de medula óssea pode ser uma forma de salvar vidas e oferecer esperança a quem aguarda uma doação. E para se colocar à disposição para ajudar alguém que precisa de um transplante é muito simples.

Para ser doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos (e para cadastro de novos doadores até 35 anos), estar em bom estado de saúde, não ter histórico de câncer, de doenças que afetem o sistema imunológico ou que possam ser transmitidas pelo sangue, como a hepatite e o HIV. Se encaixando nessas características, o primeiro passo para se tornar doador é procurar o Hemocentro mais próximo, onde será realizado o preenchimento de uma ficha cadastral com dados pessoais e a coleta de 5ml de sangue para realizar exames e identificar aspectos do doador que permitam saber se é compatível com outras pessoas. As informações são direcionadas para o REDOME – Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, órgão que está sob coordenação do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e é responsável pela manutenção dos dados de todos os doadores voluntários registrados no Brasil e pela identificação de possíveis doadores.

Com o cadastro já realizado, surgindo algum paciente que seja compatível, será solicitada a confirmação da condição do doador com a realização de testes adicionais para comprovação da compatibilidade e verificação da condição de saúde. Para dar andamento no procedimento nesta fase, também vale um alerta para aqueles que já são cadastrados como doadores. É importante manter as informações atualizadas para quando for identificada a compatibilidade com alguém, pois assim o doador não deixe de ajudar a salvar uma vida por não ser encontrado.

Em seguida, a próxima etapa já será a realização da doação. Há duas formas de fazer o procedimento e a recuperação é tranquila para o doador, como detalha dr. Lucas. “Uma das possibilidades é pela coleta de medula óssea via punções na região do quadril, um procedimento que dura cerca de 90 minutos, ocorre em centro cirúrgico sob anestesia e demanda uma internação de 24 a 48 horas.”

A segunda maneira é a doação por aférese, em que o doador usa uma medicação, por cerca de sete dias, para aumentar o número de células-tronco no sangue. Depois são feitas novas avaliações para conferir o resultado do uso da medicação e saber se o objetivo foi atingido. O próximo passo já será a doação, feita por meio de uma máquina de aférese que colhe o sangue da veia, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. “Nesta modalidade de doação não é preciso internar o doador ou utilizar anestesia, tudo é feito pela veia. E independente da forma de doação, levam apenas 15 dias para a medula óssea do doador se recomponha e após a primeira semana depois da doação, eles já podem retornar à rotina”, explica o hematologista.

Números da leucemia

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, a leucemia ocupa a décima posição entre os tipos de câncer mais frequentes na população brasileira. O número estimado de novos casos para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025 é de 11.540, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres.

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