A descoberta de uma doença no seio familiar é algo doloroso. Quando isso acontece duplamente e, ao mesmo tempo, a situação se torna ainda mais complicada, como ocorreu com Cristina de Figueiredo Kamimura. Em um curto período, o pai dela e a sogra descobriram um câncer.
“A gente descobriu esse câncer do meu pai às vésperas do Natal de 1999. Fomos encaminhados para o Hospital do Câncer através da Dra. Zaira – minha gratidão para ela é imensa. No meio dessa situação toda, a minha sogra, no mês de maio de 2000, também apareceu um adenocarcinoma”, relata a aposentada. Infelizmente, a doença da mãe do esposo de Cistina já estava avançada e ela faleceu após dois meses.
Durante todos esses processos, o Hospital do Câncer em Uberlândia estava recém inaugurado e apesar da sogra de Cristina não ter podido vivenciar o tratamento no espaço, o pai da aposentada logo iniciou o tratamento na unidade. “Passamos o ano de 2000 inteiro vivendo e respirando dentro do Hospital do Câncer. Dado a gravidade, meu pai veio a óbito em janeiro de 2001. Foi uma situação muito difícil para a mim, porque em 6 meses eu perdi a minha sogra e meu pai para o câncer”, relembra.
Os primeiros contatos com a atuação do Grupo Luta Pela Vida por parte de Cristina e sua família vieram nesta mesma época e ela pôde conhecer de perto tudo que era feito e foi aí que a chama da solidariedade se acendeu dentro dela. “Eu sabia que o trabalho era sério, a destinação do dinheiro era correta, então nesse entremeio todo, apesar das perdas importantes, foi um start que a gente teve. Eu pensei assim ‘a partir de agora, eu vou doar’. Não é uma fortuna, mas todo mês eu faço questão. Isso é o que me move”, pontua Cristina, que hoje também é voluntária da Equipe de Artesanato no Hospital.
O Grupo Luta Pela Vida agradece a Cristina por compartilhar sua história de cuidado, amor e altruísmo em prol de milhares de pacientes com câncer!