
No Brasil, estima-se que 7.310 novos casos de câncer de ovário sejam diagnosticados a cada ano entre 2023 e 2025, conforme aponta o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de ser o segundo câncer ginecológico mais comum, muitas mulheres ainda desconhecem seus riscos e sintomas, uma vez que é um dos tumores mais silenciosos que existem. Hoje, no Dia Mundial do Câncer de Ovário e em pleno Maio Azul, trazemos mais conscientização sobre essa doença que, quando detectada precocemente, tem maiores chances de tratamento eficaz.
O que é o câncer de ovário?
Os ovários são responsáveis pela produção de hormônios femininos e óvulos. Quando as células desse órgão se multiplicam descontroladamente, surge o câncer. 95% dos casos têm origem nas células epiteliais (que revestem o ovário), enquanto os outros 5% estão ligados a células germinativas e estromais.
Quem está em risco?
Alguns fatores aumentam as chances de desenvolver a doença:
- Idade avançada (principalmente após os 50 anos)
- Histórico familiar de câncer de ovário, mama ou colorretal
- Obesidade
- Infertilidade ou uso prolongado de terapias hormonais
- Nunca ter engravidado
Mulheres que usam pílula anticoncepcional por longos períodos ou tiveram vários filhos têm risco reduzido.
Uma dúvida que pode surgir é em relação àquelas mulheres diagnosticas com síndrome de ovários policísticos (SOP), que se caracteriza pelo aumento no volume do ovário pela presença de pequenos cistos ao redor do ovário. Ao contrário do que muitos podem pensar, a SOP não tem relação com o aumento do risco para câncer de ovário, colo do útero ou mama.
Por outro lado, pode aumentar a chance do câncer de endométrio, a camada que reveste a parte interna do útero e é eliminada durante a menstruação. Se diagnosticado precocemente, o câncer de endométrio é curável em 95% dos casos.
Sinais que merecem atenção
O câncer de ovário é traiçoeiro: seus sintomas são discretos e facilmente confundidos com problemas digestivos ou dores comuns. Fique atenta se perceber:
- Inchaço ou dor abdominal/pélvica persistente;
- Náuseas, indigestão ou alterações intestinais (como prisão de ventre ou diarreia);
- Perda de apetite e sensação de saciedade rápida;
- Vontade frequente de urinar;
- Cansaço excessivo sem motivo aparente.
Importante: o exame de Papanicolau não detecta o câncer de ovário – ele é específico para o colo do útero. Por isso, consultas regulares ao ginecologista e exames de imagem (como ultrassom transvaginal) são essenciais para o diagnóstico precoce.
Prevenção: pequenas atitudes fazem a diferença
- Mantenha uma alimentação balanceada e peso saudável;
- Pratique atividade física regularmente;
- Conheça seu histórico familiar e compartilhe com seu médico;
- Não ignore sintomas persistentes – procure um especialista.
A informação é a maior arma contra o câncer de ovário. Compartilhe este conteúdo, converse com suas mães, avós, irmãs e amigas. Quanto mais mulheres souberem reconhecer os sinais, maiores as chances de diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Grupo Luta Pela Vida: sempre Juntos Contra o Câncer!