Em setembro, as cores azul e rosa se encontram para fazer alusão a um tipo de câncer pouco falado, mas que em decorrência dos números e dos sinais de alerta, merece atenção: o de tireoide.
De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número de casos novos de câncer de tireoide para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 16.660. É um tipo de câncer mais comum no público feminino do que no masculino, sendo esperados 2.500 casos em homens e 14.160 em mulheres.
Nódulos na tireoide são bastante comuns e, por causa de sua localização, os médicos, e muitas vezes os pacientes, conseguem senti-los com uma simples apalpação. A boa notícia é que a maior parte destes nódulos são benignos e se identificados de forma precoce, o sucesso do tratamento pode chegar a 97% dos casos.
A tireoide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço, com formato semelhante ao de uma borboleta, composta por dois lobos, um de cada lado da traqueia, conectados pelo istmo. Ela é responsável pela produção de dois hormônios que contêm iodo e regulam o ritmo do metabolismo, além de impactar o desenvolvimento corporal e o funcionamento do sistema nervoso. Quando a tireoide produz hormônios em excesso (hipertireoidismo), a pessoa tende a ficar agitada, ansiosa, sentir fome com frequência e perder peso. Já a produção insuficiente (hipotireoidismo) provoca cansaço, lentidão e ganho de peso.
Os tipos mais frequentes de câncer de tireoide são o carcinoma papilífero e o carcinoma folicular. O carcinoma papilífero representa mais de 80% dos casos, desenvolvendo-se nas células foliculares, com um crescimento geralmente lento. Ele costuma afetar apenas um lobo da tireoide, embora de 10% a 80% dos casos possam apresentar múltiplos focos da doença na glândula. Apesar de sua progressão lenta, o carcinoma papilífero pode alcançar os linfonodos do pescoço, mas o tratamento, na maioria das vezes, é eficaz, e esse tipo de câncer raramente é letal.
Os principais fatores de risco para o câncer de tireoide incluem a idade (mais comum em pessoas entre 30 e 50 anos), exposição à radiação e predisposição genética. O tratamento do câncer de tireoide pode envolver cirurgia, iodoterapia, terapia hormonal, radioterapia e quimioterapia, sendo comum a combinação de dois desses métodos.
Por isso, esteja atento aos sinais do seu corpo e cuide da sua saúde!