Coloridos, delicados e de diferentes modelos, os bonecos amigurumis, de oriem oiental, encantam desde crianças a adultos. Pela composição (um protótipo siliconado envolto em crochê), se tornam acolhedores para qualquer pessoa. Pensando nisso, voluntárias e artesãs de Uberaba do projeto “Tecendo Emoções”, que confeccionam os bonequinhos, fizeram a doação de 80 deles para a Brinquedoteca do Hospital do Câncer em Uberlândia, distribuídos entre as crianças.

A iniciativa para a criação do grupo surgiu de Rosângela Santinato, que se inspirou no projeto “Boneca Vida”, idealizado por Rogéria Aguiar, do Espírito Santo. “Eu resolvi fazer para o Hospital de Clínicas de Uberaba, onde sou voluntária há 15 anos”, explica. Com o início de tudo, outras pessoas começaram a procurá-la para participar e daí tiveram a ideia de montar um projeto independente em Uberaba.

Com o apoio de mais companheiras voluntárias, as artesãs conseguiram produzir mais amigurimis e começaram a expandir as doações, trazendo para Uberlândia. “Nós conseguimos fazer 80 bonecos e hoje viemos trazer um pouquinho do amor de cada um de nós para essas crianças. A gente não tem nem palavras, fica até emocionada de ver”, afirma Rosângela.

Quem conhece o amigurumi logo se apaixona pelo design fofo e delicado. O nome é uma junção das palavras japonesas “ami” (malha ou tricô) e “nuigurumi” (bichos de pelúcias). A base do item é basicamente o tricô e o crochê, que permitem a confecção de uma série de bichinhos lindos e que podem servir como brinquedos ou decoração. A maioria das participantes do projeto já tinha conhecimento de como fazer esse tipo de crochê, envolto em uma fibra siliconada. De acordo com a coordenadora, “o material é adquirido por cada voluntária do projeto e por enquanto, estamos pedindo apenas o material como doação para mantermos o trabalho (enchimento siliconado e linha amigurumi toda de algodão).”

Um ato solidário que aquece o coração das crianças que recebem o presente e principalmente de quem se mobiliza. “Às vezes a gente acha que estamos fazendo o bem para alguém e é ele quem está fazendo o bem pra gente. Através disso, uma criança e até mesmo um adulto sentem mais conforto”, pontua Rosângela.